diante dos crescentes desafios ambientais e sociais, as empresas em todo o mundo enfrentam a necessidade de se adaptar e mudar. O conceito de negócios social e ambientalmente responsável que busca causar um impacto positivo no mundo, não apenas um lucro, está se tornando crítico. Nesse contexto, a certificação B Corp está emergindo como um ponto de virada importante para as empresas que desejam fazer essa mudança. Rumo ao desenvolvimento sustentável.
Olga Lany, PR & Partnership Manager at Admind Branding & Communications, in conversation with Paweł Niziński, co-initiator of the B Corp movement in Poland and CEO of BETTER – a company specializing in business transformation, delves into the secrets of the certification process, its significance and the challenges of transformation towards sustainable development.
Olga Lany: Quando e como você descobriu sobre B Corp? Aconteceu que nossas atividades na área de agricultura sustentável ou apoio estratégico a ações como o programa “Compartilhar uma refeição” - da Danone, que implementamos na Polônia, foram incluídos no relatório de impacto global, que foi resultado do
Paweł Niziński: In 2015, when Goodbrand, to which we belonged at that time, started the certification process in the UK market. It turned out that our activities in the area of sustainable agriculture or strategic support for actions such as the “Share a Meal” – program of Danone, which we implemented in Poland, were included in the global impact report, which was a result of the = B Corp Certification . Goodbrand estava listado entre as cem principais empresas do mundo no momento de sua primeira certificação, por isso realmente provocou a imaginação. Ao mesmo tempo, o advogado Wojciech Bagiński já estava trabalhando na certificação dos primeiros sistemas de benefícios da Polônia B Corp. É uma empresa muito grande, que é um desafio para o processo de certificação. Por isso, nos conhecemos e juntos tentamos, cada um à nossa maneira, promover o movimento, Wojtek eventualmente como especialista e diretor da B Lab Global e eu como parceira do país na Polônia. Você poderia explicar isso?
Then my friendship with Marcello Palazzi, one of the founders of the B Corp movement in Europe, led to me being asked to help build the movement in Poland. At the same time, the lawyer Wojciech Bagiński was already working on the certification of the first Polish B Corp – Benefit Systems. It’s a very large company, which is a challenge for the certification process. So we met and together we tried, each in our own way, to promote the movement, Wojtek eventually as an expert and director at B Lab Global and I as a country partner in Poland.
OL: I remember you mentioned recently that there is a somewhat unusual situation in Poland in terms of awareness of the B Corp brand versus the level of certification. Could you explain that?
PN: Na verdade, é bastante interessante. Acho que essa situação reflete bem nosso espírito polonês, porque temos um dos níveis mais altos da conscientização da B Corp na Europa. Esta é uma conquista muito grande, dado o crescimento praticamente orgânico, não apoiado por campanhas de informação. E, no entanto, existem relativamente poucos certificados locais. Existem marcas ativas como Bom to Bom to Go, Illy Coffee, Nespresso, Chiesi, Camper e Rituais, que estão iniciando o processo de certificação localmente a partir de uma perspectiva global, ou o Grupo Danone, que vem avançando para certificar todas as suas operações em todo o mundo há vários anos. Com várias dezenas de corpo B presente na Polônia, aqueles que cresceram organicamente na Polônia ainda são poucos. Começamos mais tarde e também temos uma percepção diferente dos certificados nos negócios do que na Europa. Mais de 1500 no Reino Unido! Mais de 100 nos países escandinavos ou na Alemanha. Nesse contexto, nossa dúzia de polimento parece muito pequena, embora várias centenas de empresas polonesas tenham abordado o processo de avaliação de impacto B. Espero que eles usem essa ferramenta no processo de transformar seus modelos de negócios, produtos e impacto na sociedade e no ambiente natural e que eventualmente levará a uma comunidade B maior. Recentemente, revisei os materiais desenvolvidos por vários ativistas on -line que questionam a certificação B Corp, mas finalmente concluo que não há nada melhor no mundo nessa área. Você pode confiar em certificações diferentes ou não, mas não há mais nada como o B Corp que realmente força a mudança real. Além disso, não é concedido de uma vez por todas; Você precisa lutar constantemente para manter seus valores e indicadores em um mundo em mudança dinamicamente.
OL: And what does it look like in Europe?
PN: In France, Italy, Benelux, and Spain, hundreds of companies have achieved B Corp certification. Over 1500 in the UK! Over 100 in the Scandinavian countries or Germany. Against this background, our Polish dozen seems really small, although several hundred Polish companies have approached the B Impact Assessment process. I hope that they will use this tool in the process of transforming their business models, products, and impact on society and the natural environment and that it will eventually lead to a larger B Corp community.
OL: Exactly. I’ve recently been reviewing materials developed by various activists online that question B Corp certification, but ultimately conclude that there is nothing better in the world in this area. You can trust different certifications or you can’t, but there’s nothing else like B Corp that actually forces real change. What’s more, it’s not awarded once and for all; you have to constantly fight to maintain its values and indicators in a dynamically changing world.
PN: De fato. A certificação pode até ser retirada se uma empresa seguir o caminho errado e se tornar objeto de discurso público documentado - houve esses casos, embora a avaliação seja tão completa, exigente e detalhada que permita confiança em empresas certificadas. É um processo constantemente melhorando, atualmente estamos em nossa sexta versão e lembro que o movimento B Corp tem apenas alguns anos, desde 2006.
Ol: Você acha que a razão pela qual as empresas polonesas não estão correndo para se tornar um corp é por causa do esforço necessário ou simplesmente da falta de vontade de mudar? A B Corp é tratada como uma das muitas certificações, e as empresas que se aproximam não sabem que é tão exigente; Eles também não sabem que isso pode servir como uma ferramenta para transformar seus negócios no espírito do ESG. Para responder sua pergunta: acho que é um pouco de ambos. Por um lado, a legislação européia criou pânico com
PN: What certifications are they “rushing” for? B Corp is treated as one of many certifications, and companies approaching it don’t know it’s so demanding; they also don’t know it can serve as a tool to transform their business in the spirit of ESG. To answer your question: I think it’s a little bit of both. On the one hand, European legislation has created panic with ESG Relatórios Requisitos. De repente, quase 4.000 empresas precisam se reportar sob a diretiva CSRD. Isso significa que as empresas realmente não sabem como fazer isso no momento, não há especialistas suficientes para ajudar. Claramente, o mercado está reagindo - basta olhar para os perfis profissionais e quantas pessoas agora mencionam ESG. Mas, além do pânico, também há uma consciência real que temos muito o que fazer em termos de questões ambientais, questões sociais, governança corporativa, cultura organizacional e DEI. Achamos que somos muito atrasados e faltando muitas das práticas desejadas por tais certificações, mas um olhar mais atento ao que estamos fazendo pode revelar que não estamos tão longe. Que temos muito a dizer sobre boas práticas nessa área, que poderíamos estar muito mais presentes com nossa voz no discurso europeu. Eu olho com grande satisfação com o número de eventos em diferentes ambientes de negócios, como o tópico do desenvolvimento sustentável está presente em todos os lugares. Temos um círculo em rápido crescimento de especialistas altamente especializados que realmente têm algo a dizer. E conseguimos fazer uma contribuição substancial para o que está acontecendo na Europa. Isso está ocorrendo em pequena escala. Há pessoas como Piotr Biernacki da Materialidade, representantes dos quatro grandes, a Associação de Emissores da Bolsa de Valores, Grid do PNUMA, que são ouvidos e até influenciam a criação desses padrões (dentro da organização EFrag). No entanto, acho que realmente não é muito e nossa voz pode ser muito mais audível. Existe uma chance de que as empresas vejam
Sometimes these feelings do not reflect the real picture. We think we’re very backward and lacking in many of the practices desired by such certifications, but a closer look at what we’re actually doing might reveal that we’re not that far off. That we have a lot to say about good practices in this area, that we could be much more present with our voice in the European discourse. I look with great satisfaction at the number of events in different business environments, how the topic of sustainable development is present everywhere. We have a rapidly growing circle of highly specialized experts who really have something to say. And we have been able to make a substantial contribution to what’s happening in Europe. This is taking place on a small scale. There are people like Piotr Biernacki from Materiality, representatives of the Big Four, the Association of Stock Exchange Issuers, UNEP GRID, who are heard and even influence the creation of these standards (within the EFRAG organization). However, I think it’s really not much and our voice could be much more audible.
OL: I wonder if the moment that ESG reporting regulations force some companies to make an effort and implement standards, they might want to go a step further. Is there a chance that companies will see Relatórios ESG como um aquecimento e decidem ir para a certificação B Corp, por exemplo? Acredito firmemente em uma mistura tão saudável: regulamentos provenientes de instituições autorizadas, sistema jurídico e uma avaliação saudável da situação e da análise de mercado. Acho que na Polônia temos um modelo aspiracional muito forte de construir nossa presença nos negócios. Temos um bom senso de tendências e queremos alcançar. Não queremos ficar para trás e estamos prontos para trabalhar em um nível mais alto. Também entendemos que, se não começarmos a fazer isso, não seremos mais competitivos. Desapareceremos do mercado. Em uma empresa que não possui P&D focada no desenvolvimento sustentável, não possui uma cultura inclusiva e daqui a três anos.
PN: It might even be the other way around – they might be going for B Corp certification to make sure they can meet ESG challenges! I strongly believe in such a healthy mix: regulations coming from authorized institutions, the legal system, and a healthy assessment of the situation and market analysis. I think in Poland we have a very strong aspirational model of building our presence in business. We have a good sense of trends and we want to catch up. We don’t want to fall behind and we are ready to work at a higher level. We also understand that if we don’t start doing that, we will no longer be competitive. We’ll disappear from the market.
I recently had a very interesting conversation with a representative of a B Corp, specifically a fund:
“Why do you need this certification? After all, funds are the most bloodthirsty part of capitalism, impact investment is still a big challenge in Poland, wouldn’t it be better just to count short-term investment returns?”.
“Think about it, if we invest now in a company that doesn’t have R&D focused on sustainable development, doesn’t have an inclusive culture, and has weak corporate governance. Three years from now, when we want to sell that company back to the market, it may turn out to be unsellable because it will be absolutely behind. So we’re looking for those that are companies of the future, that are already built on purpose and sustainability.
Isso é muito interessante. Temos que prestar atenção ao que os investidores inteligentes estão dizendo porque isso define a direção do mercado. É um fardo extra, e eles precisam contratar alguém para fazê -lo, e eles não sabem como fazê -lo. Eles o tratam como um incômodo, como uma bola e uma corrente, não como uma oportunidade de negócio. Por um lado, há a área de conformidade, ou seja, atendendo aos requisitos regulatórios: tenho que ter ESG na empresa e tenho que relatar. Caso contrário, haverá consequências legais, multas, ficarei com bandeira vermelha na cadeia de valor de meus clientes e posso perdê-las, pânico. Concentre -se na conformidade. Modelos de negócios que se concentram em gerenciar conscientemente seu impacto positivo. É aqui que são construídas vantagens competitivas, credibilidade e confiança. Os desafios civilizacionais que enfrentamos hoje nos forçam a reimaginar o capitalismo, que em sua forma friedmanesca não fornece respostas sobre como lidar com esses desafios. Os líderes empresariais mais conscientes simplesmente esperam que seus parceiros cooperem nesse objetivo muito mais importante e de longo prazo-construindo uma economia que regenera recursos e inclui grupos anteriormente marginalizados. Claro que não. Veja o que aconteceu durante a recente votação na diretiva de due diligence. Primeiro, os votos da Itália e da Alemanha diminuíram sua passagem pelo Parlamento Europeu. Ao mesmo tempo, estados menores, que provavelmente não sabiam votar, ajudaram a afastar isso. Estamos debatendo alterações no acordo verde, e as soluções adotadas não levam em consideração todas as circunstâncias, como o descontentamento social ou os movimentos populistas com base nele. Mas a direção da mudança ainda é a mesma-precisamos reparar o capitalismo e regenerar os recursos do planeta, respeitar os direitos humanos. Então, provavelmente vai ficar em ondas. No momento, provavelmente há uma onda de retorno ao pensamento de curto prazo em termos de geração de retornos de investimento. Às vezes, as pessoas realmente esquecem que você não pode fazer negócios em um planeta morto. Mas os fenômenos avançados da crise climática atuarão como um aviso, lembrando -nos que a mudança é necessária e a direção já está definida. escreveu: "Diferenciar ou morrer", gostaria de dizer "transformar ou morrer". É preciso esforço, mas oferece uma chance de sobreviver. Tenho sorte de ter visto "Wielopole", "The Dead Class", "Onde estão as neves do passado" ...
OL: I’ve met company representatives who complain about the need for ESG reporting. That it’s an extra burden, and they have to hire someone to do it, and they don’t know how to do it. They treat it as a nuisance, as a ball and chain, not as a business opportunity.
PN: I think the market is split between these antipodes. On the one hand, there’s the area of compliance, i.e. meeting regulatory requirements: I have to have ESG in the company and I have to report. If I don’t, there will be legal consequences, fines, I will be red-flagged in my customers’ value chain, and I may lose them, panic. Focus on compliance.
But there’s also a growing group of companies that are taking a different approach, and that’s the other end of this continuum. Business models that focus on consciously managing their positive impact. This is where competitive advantage, credibility and trust are built. The civilizational challenges we face today force us to reimagine capitalism, which in its Friedmanesque form provides no answers on how to deal with these challenges. More conscious business leaders will simply expect their partners to cooperate in this much more important, long-term goal – building an economy that regenerates resources and includes previously marginalized groups.
Is this awareness widespread? Of course not. Look at what happened during the recent vote on the Due Diligence Directive. First, the votes of Italy and Germany slowed down its passage through the European Parliament. At the same time, smaller states, who probably didn’t really know how to vote, helped to sideline it. We’re debating changes to the Green Deal, and the solutions adopted don’t take into account all the circumstances, such as social discontent or populist movements based on it. But the direction of change is still the same – we need to repair capitalism and regenerate the planet’s resources, respect human rights.
I’m very afraid that ESG will be a temporary victim of the upcoming European Parliament elections because it will be a field for populist parties to criticize those who are progressive and focused on long-term change. So it’s probably going to go in waves. Right now there is probably a wave of a return to short-term thinking in terms of generating investment returns. People sometimes really forget that you can’t do business on a dead planet. But the advancing phenomena of the climate crisis will act as a warning, reminding us that change is necessary and the direction is already set.
OL: Finally, the most difficult question: If you could use one sentence to encourage a company to make the effort, not to get the certificate, but to enter into conscious transformation with an open mind, what would it be?
PN: As you probably remember Jack Trout, who once wrote, “Differentiate or die,” I would like to say, “Transform or die.” It takes effort, but it offers a chance to survive.
OL: I also have a great and relevant quote – by Tadeusz Kantor “You cannot always be on the wave – you have to be the wave…”.
PN: It’s worth returning to Kantor. I’m lucky that I saw “Wielopole”, “The Dead Class”, “Where are the snows of yesteryear”…
OL: Estou com inveja! NewsLetter
PN: And just like that, the longer answer is probably that change is inevitable and it’s better to be the one who creates the change.
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